:: MARCO ZERO ::
"Don't hate the media. Become the media."
JELLO BIAFRA
Caros Depredadores,
Nesta entrada de 2010, cismei em parir um irmão pr'o Orelhão. Porque filho único costuma acabar muito mimado. E bandido sozinho fatura bem menos do que aquele que forma gangue. Aqui vai, pois, um novo cúmplice no crime que entra pro complô depredístico: o Depredando o Cinema, novíssimo ponto blogosférico para discussão, crítica e reflexão sobre assuntos cinematográficos em geral.
Ao contrário do que se possa supor a partir do nome-de-batismo do dito cujo (sem falar da explosiva cena do Clube da Luta que lhe serve de abertura), descer o sarrafo e tacar mil tomates em alvos fáceis não é a finalidade última deste blog. Não que julguemos inútil ou chata a divertida missão de destroçar os filmes péssimos (e não são poucos) que há por aí. Até imagino pro futuro a criação de uma coluna fixa, à la "Ana Maria Broca" (em homenagem ao quadro do Garagem em que Barcinski & cia reduziam a destroços uns discos que abominavam com uma furadeira). Mas não estamos sedentos por polêmica nem por ofender o que outros possam curtir. A idéia é centrar foco em filmes que adoramos, admiramos, curtimos e queremos ver disseminados, discutidos, deglutidos, comentados e papeados.
Este não é um blog de downloads. É um blog de crítica de cinema e jornalismo cultural independente. E que assina embaixo do conselho de Jello Biafra: "Não odeie a mídia; torne-se a mídia". Mas, como não queremos ficar aqui papageando sobre filmes que ningúém viu ou vai conseguir arranjar, no fim dos posts, sempre que possível, iremos indicar outros sites e torrents onde o filme em questão está disponível pra baixar ou onde se pode adquirir o DVD.
Por aqui também não vai ter essa frescurite de ficar dando estrelinha ou notinha. Isso porque minha impressão é a de que muitas vezes, se a nota que se dá pro filme contrasta muito com a que o leitor daria, este já se indispõe contra o jornalista e lê o texto (quando o faz) de má-vontade. Outras vezes, muito frequentes, o visitante acha que o mais importante é só dar uma batidinha de olhos na nota, só pra saber se a obra em questão é tida como boa, má ou mazomeno --- se encontra-se, no termômetro crítico, mais perto do ódio ou do amor. Quando o que mais importa, na verdade, é trocar idéia sobre o filme, refletir sobre ele, espremer sua fruta pra tirar todo o suco e o sumo possíveis. Em suma: isto aqui não é um tribunal onde os filmes passarão como réus a condenar ao absolver. Aqui vamos privilegiar a reflexão ao juízo de valor (ainda que muitas vezes seja impossível refletir sem julgar...).
Também não pretendemos nos encerrar no filme como se fosse uma jaula, mas usá-lo como pretexto para viagens maiores: embarcar na onda dos temas, sentimentos e pensamentos que a obra desperta, sem cair no sinopsismo nem na (re)narração detalhada do enredo. E sem medo de spoilers.
É isso, pra começo de conversa. Espero que curtam, comentem, contribuam, opinem e espalhem a boa nova. Depredando Corporation, agora, é quase uma família siciliana! Os Corleonne que se cuidem...
Cheers!
ResponderExcluirFrequento o "[...] Orelhão" e cá estou para dizer vivas. Abraço.
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